Brasil dos Reis: de Angra para o mundo *Antonio Cabral Filho - RJ

Brasil dos Reis

-foto:cultuar-

Entre um trovador e um santo,
que diferença hei de achar?
Um reza a Deus no seu canto,
outro canta em seu rezar.
&
Joia que Deus nos oferta,
no engaste das obras primas,
a trova é uma rosa aberta
cujas pétalas são rimas.
&
A saudade, é bem verdade,
como punge e faz sofrer!
Mas sem ter uma saudade
quem é que pode viver?!
&
A vida que vou vivendo
é a vida de uma ilusão...
Não vive, quem vive tendo
quase morto o coração.
&
Para a trova ser sentida,
pode ser risonha ou langue.
- mas tem que brotar com vida
das gotas do nosso sangue.

De Angra para o mundo.

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Brasil dos Reis, veio ao mundo Benedito Angrense Brasil dos Reis, nasceu aos 04 de maio de 1895, no município fluminense de Angra dos Reis, terra que integra seu nome, seu corpo, sua alma de poeta e o viu nascer. 

É filho de Oscar Jordão da Silva Vargas e Iria Amélia dos Reis Vargas. Jornalista, historiador, poeta e trovador, publicou inúmeras obras, desde os onze anos de idade, como intelectual autodidata.

-Foto: Luiz A.Erthal-

Faleceu em seu torrão natal aos 21 de abril de 1975, às vésperas de comemorar seus 81 anos de idade.

Sua cidade, Angra dos Reis, ostenta o orgulho de seu filho ilustre, através da Casa de Cultura Brasil dos Reis e o Ateneu Angrense de Letras e Artes( http://ateneuangrense.blogspot.com.br/    ), que ele ajudou a fundar em 1973, que realiza anualmente o Concurso Literário Brasil dos Reis enquanto uma de suas homenagens ao nobre confrade.

Livros:

Minha Terra, Rezas e Pragas, O Sonho de Tiradentes, Para Você, Migalhas, Postais Angrenses, A Lenda da Imaculada Conceição e A Vida de São Benedito; em versos:Legenda Lírica, Brasões Angrenses, Sabiás da Terra Fluminense, Coletânea de Poesias e Poetas Angrenses.

Instituições que integrou:
Instituto Histórico Fluminense, Cenáculo Fluminense Histórias e Letras, Academia Valenciana de Letras, Academia Pedralva de Letras e Artes, Academia de Letras de Uruguaiana, academia Internacional de Letras Três Fronteiras, Instituto Campograndense de Cultura e Academia Niteroiense de Letras.
&
Jornalista Militante

Sua presença atuante enquanto jornalista deixou marca coma fundação em 1917, na cidade de Paraty,do periódico O Prélio e, em 1930, O Litoral. Além disso, participou assiduamente da imprensa fluminense na capital Niterói, no Rio de Janeiro e no interior do estado, sobretudo em Angra dos Reis, da qual integrou seu primeiro Conselho Municipal de Cultura.

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