terça-feira, 19 de junho de 2018

Seleta de Trovas * José Feldman - Pr


Seleta de Trovas


José Feldman - Pr
*
Informe Biográfico
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José Feldman nasceu em São Paulo/SP, em 1954. Em 1995 casou-se com a escritora e tradutora, professora de literatura inglesa Alba Krishna Topan e mudou-se para o Paraná em 1999, onde foi, pela União Brasileira dos Trovadores, Delegado de Ubiratã, auxiliar de delegado em Arapongas/PR e membro da UBT Maringá. Radicou-se em Maringá/PR, onde mora atualmente. Foi premiado em alguns concursos de trovas, como Ribeirão Preto, Nova Friburgo, Curitiba, Santos, etc. Escritor, poeta, trovador, gestor cultural, orientador, criou o blog http://singrandohorizontes.blogspot.com.br em 2007, e http://florilegiodetrovas.blogspot.com.br, em 2016. Idealizador e editor dos ebooks Chuva de Versos com mais de 400 números, O Encanto das Trovas, Florilégio de Trovas, Oceano de Letras e O Voo da Gralha Azul. 
 Pertence a diversas academias de letras, foi vice-presidente da Associação de Literatos de Ubiratã e presidente estadual do Paraná da Academia de Letras do Brasil, medalha de mérito cultural Euclides da Cunha da Academia de Letras em Berna/Suiça e membro desta Academia, Conselheiro Internacional do Movimento União Cultural, acadêmico correspondente de Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG, Academia Formiguense de Letras/MG e Academia Rotary de Letras, Artes e Cultura. Membro de Sociedade Mundial de Poetas, Unión Hispanomundial de Escritores, Casa do Poeta Lampião de Gaz.
Medalhas de Mérito Cultural da Academia Pan Americana de Letras e Artes; Mérito Cultural da Academia Brasileira de Trovas; Medalha Heitor Stockler de França, da UBT Paraná; Prêmio “Mahatma Ghandi”, de Liderança pela Paz, da Academia Rotary de Letras, Artes e Cultura e título de Doutor em Filosofia Universal “Honoris Causa” da Academia de Letras do Brasil.
        Livro publicado na Coleção Terra e Céu, em 2016 com suas trovas e de seu mestre Izo Goldman. Participação com poesias na Edição comemorativa de 35 anos do Movimento Poético em São Paulo; Café com Letras, da Academia de Letras de Teófilo Ottoni/MG; Coletânea dos Poetas de Maringá - IV. Crônica em coletânea organizada por Isabel Furini, de Curitiba. Prefácio em livros de Isabel Furini e Átila José Borges. Trovas em livros “Paraná em Trovas” de Vânia Ennes, de Curitiba e do livro Meus Irmãos os Trovadores, vol.II, da União Brasileira dos Trovadores Nacional. Referência no livro A Trova, de Carolina Ramos, e em boletins nacionais. Seu nome foi citado nos Anais da Academia de Letras Maçonicas.  Livro “Canteiro de Trovas” com cerca de 300 trovas de sua autoria.

1
A esperança é uma auriflama,
vibrando no coração...
Um divino pindorama
que emerge de nosso chão.
2
A felicidade é um dom,
que todos podemos ter,
se o carinho for o tom,
e a melodia… o viver.
3
A Gralha Azul quando voa
espalhando o seu pinhão,
com a semente abençoa
cada canto deste chão.
(3º. lugar – XVIII Jogos Florais de Curitiba, 2015 –
Âmbito Estadual, NT)
4
A inveja é uma erva daninha,
destrói as boas ações.
É uma vontade mesquinha
que domina corações.
5
– A grana...pode me dar...
– Já vi que é um ladrão cortês...
Não dá pra você pegar
só no final do outro mês?
(Menção Honrosa – LVI Jogos Florais de Nova Friburgo/RJ, 2015, Âmbito Nacional)
6
Ah, se eu fosse um construtor!...
Eu faria estradas novas,
incrustadas com amor,
pelo chão... milhões de trovas!
7
Ajudar uma pessoa,
pensando mais do que em si
é praticar ação boa
preciosa qual rubi!
8
A maior lição que a vida,
pode nos oferecer:
– Após cada despedida,
há sempre um amanhecer…
9
Amar!… Amar pode ser
que pecado não o seja,
mas amor sem florescer,
é sofrer dura peleja.
10
A minha trova é um lamento,
por dias que não virão.
Amor ceifado no vento,
arrancado sem perdão!
11
A minha vida é um navio,
que navega em pleno mar...
Ora contra um mar bravio,
ora em mero devanear.
12
Amor… dois copos de vinho
são nossos dois corações,
cujo sabor é o carinho
transbordando de emoções!
13
Amor! És qual uma rosa,
cuja corola ao se abrir,
exibe a mulher formosa.
que é o meu mais doce elixir!
14
A mulher me deixa rouco,
Pois. quando grito que a adoro,
ela sai...e eu fico louco!!!
Não sei se rio...ou se choro!...
15
A mulher se faz presente
todo instante com fervor.
Carrega em si a semente
que planta um mundo de amor.
16
A música me entorpece,
e me faz devanear.
A melodia enternece…
com um amor faz sonhar!
17
A natureza se esmera
com flores, beleza infinda,
ao espargir nossa quimera
qual uma benção... benvinda!!!!
18
Andei por todos os cantos,
em busca de uma quimera.
Mas, encontrei desencantos,
e a tristeza à minha espera..
19
Ao fazer uma mudança,
muitas caixas a embalar.
Eram tantas...que festança!
Numa delas fui parar...
20
Ao olhar pela janela,
os passarinhos cantando,
a saudade se rebela
e a tristeza vem chegando.
21
Ao seguir, no trem da vida,
parei nas encruzilhadas.
buscando a paz merecida...
Enganei-me!...Eram fachadas.
22
Após tantas despedidas,
são tantos os reencontros,
que nas emoções vividas
dissipam-se os desencontros…
23
Após dias de trabalho,
já chegando o anoitecer,
me aconchego num carvalho,
para em paz adormecer.
24
A saudade é dor pungente,
tão  terrível como o açoite,
a açoitar a minha mente,
seja manhã, tarde ou noite.
25
A saudade me avassala,
noite e dia são iguais,
a tristeza não se cala...
sozinho, me afundo em ais.
26
As flores estão voltando,
colorindo tudo... Enfim,          
é a Primavera chegando,
perfumando o meu jardim!
27
As trevas se dissiparam,
quando apareceu a luz,
que todos abençoaram,
bendito nome… Jesus!
28
A vida é pura beleza,
isto eu não posso negar.
Porém, a maior grandeza,
é a seiva do verbo amar.
29
A vida, seja qual for,
é árvore cujos galhos,
têm folhas de riso e dor,
penduradas qual retalhos.
30
A vida, quando pintada
tal qual aquarela, em cores
é quimera deformada
por múltiplos dissabores!
31
Cada lágrima vertida,
num instante em desalento,
tem um quê de despedida…
Um coração ao relento!
32
Cada livro, nova história...
Cada folha, novo ardor...
e, no final, a vitória
se for enredo de amor!
(Menção Especial – XVI Jogos Florais de Santos/SP, 2014 – Âmbito Nacional)
33
Cada qual é diferente
com seu modo singular,
com todos, seja indulgente,
saiba aos outros respeitar.
34
Cada trova que, hoje, faço,
cada verso que componho,
é qual fosse um grande laço
para amarrar o meu sonho…
35
Cada um tem o seu sonho...
no sonho tem seu amor.
O amor faz alguém risonho...
Não eu...pois só tenho a dor!
36
Cada verso que componho,
carrega em si um apelo:
– Faça a minha vida um sonho,
que até hoje é um pesadelo!
37
A caminho do horizonte,
quis a minha dor levar,
lá, encontrei uma fonte,
mas, sem água a me aliviar.
38
Caminhei por esta rua
procurando o teu calor.
Ontem, eu quis dar-te a lua,
hoje, dou-te o meu amor!
39
Campos do Jordão, encerras
com encanto sem igual,
famosos em tuas terras,
os festejos de Natal!
40
Chega o Natal e há partilha
de amor, de paz, de harmonia...
E o céu inteirinho brilha,
com seu manto de alegria!
41
Cinquenta reais por ponto...
e ao mestre ele deu quinhentos.
Da propina, houve um desconto:
- Nota dois... e os quatrocentos!!!
(1º. lugar – XXVIII Jogos Florais de Ribeirão Preto/SP, 2015 – Âmbito Nacional)
42
Confetes e serpentinas.
este é o nosso carnaval...
Depois...quantas Colombinas
jogadas no matagal!!!
43
- "Coração amargurado,
porque choras sem parar?
Se tu queres ser amado,
vai outro amor procurar!"
44
Coração aprisionado!…
A sua beleza e encanto
me deixou hipnotizado…
e eu não sei se choro ou canto.
45
Cultivemos o jardim
do amor, com perseverança,
para que seja o estopim
de um futuro de esperança.
46
Debruçado na janela,
eu vejo o tempo passar.
Saudade que me flagela,
por quem não irá voltar.
47
Delícia é festa junina...
tem vinho quente e rojão.
Não vou sair da cantina.
Viva São Pedro e São João!
48
De perguntas somos feitos,
mil respostas sem saber...
Somos seres imperfeitos,
buscando outro amanhecer.
49
Desejo que toda a trova,
com os seus versos sem par,
brilhe qual a lua nova,
numa noite, ao despontar!
50
De sonhos somos moldados,
sobre a forja da esperança...
Emitindo nossos brados
ao futuro... nossa herança!
51
De tantos sonhos insanos
e anseios por seu amor,
restaram só desenganos
e o triste perfil da dor!
52
Deus! Se podes atender
este pobre trovador,
por amor a padecer,
que aplaques a minha dor!
53
Difundindo sua história,
o gaúcho, a tradição,
o MTG tem a glória
que enaltece este rincão.
54
Dizia um velho ditado,
“quem espera sempre alcança,”.
Esperou… ficou cansado,
O que era? – Nem tem lembrança!
55
Doar-se de boa vontade
e sempre ajudar alguém...
é crer na fraternidade,
praticando sempre o bem.
56
Doce flor que desabrocha,
perfumando seu cantinho
envolvendo toda rocha
com doçura e com carinho.
57
É a Páscoa, divino dia!…
Tempo de consagração:
– Alma em eterna alforria,
mãos postas em louvação!
58
Em cada verso, a emoção...
em cada linha, o carinho...
Faço a trova..e é o coração
que me conduz no caminho.
59
Em meio a livros, cresci…
cada folha, uma ilusão…
Mas veio um vento, e não vi,
jogou as folhas no chão…
60
Em meu jardim há uma rosa,
cujo aroma me inebria,
torna a vida gloriosa,
dissipa a melancolia.
61
Em nome da evolução,
o homem, sem pestanejar,
as árvores põe ao chão,
deixando as aves sem lar!
62
Em verdade, é uma ousadia,
tentar realizar um sonho:
Dando ao universo poesia,
fazendo o mundo risonho.
63
Envolvi-me em teus abraços,
em busca do teu carinho.
Hoje, longe dos seus braços...
Só saudade em nosso ninho!…
64
Era uma noite estrelada
quando o meu amor partiu...
e mirando a madrugada,
vi que o meu sonho ruiu!...
65
Esta é uma terra abençoada!
Povoada por brava gente,
tem a Gralha Azul, sagrada,
glória de um povo valente.
66
Esta saudade maltrata
este pobre trovador,
que é mero nefelibata,
que anseia por teu calor.
67
É um ensaio a minha vida,
rumo ao sonho, no porvir:
– Muitas vezes, bem vivida…
– Outras, um mero existir!…
68
Eu possuo um grande afeto,
por algumas trovadoras.
Muitas vezes, encasqueto,
mas... são eternas mentoras!
69
Eu sinto a fé me envolvendo,
sempre que eu consigo ver
a esperança renascendo,
em um novo amanhecer!
70
Eu vivo num picadeiro,
no trapézio desta vida,
com a força de um guerreiro,
enfrentando a minha lida.
71
Existem ódios fecundos,
de um irmão contra outro irmão,
cravo e rosa, moribundos
espalhados pelo chão.
72
– Falar dela?! … Que bobagem!
Quero, de onde ela estiver,
que ela ouça esta mensagem:
– És uma deusa… mulher!
73
Feito um filme de cinema,
ao fitar a tua face,
te dediquei um poema
de amor...que agora renasce!
74
Felicidade é uma flor,
que exala ao desabrochar,
no mundo, onde existe amor,
divino perfume no ar!
75
Feliz, soltei um rojão…
que subiu num rodopio.
Socorro! Oh, meu São João!
Fiquei preso no pavio.
76
Fiz de você minha musa
minha vida e coração…
meu pijama, minha blusa…
a tábua de salvação.
77
Foi na Fonte do Suspiro,
que te dei meu coração...
pois é lá, onde eu me inspiro,
ao compor uma canção!
78
Foi num beijo prolongado,
que a "coroa" se entregou..
Em meu lábio pendurado,
a dentadura ficou.
79
Foi um beijo apaixonado,
que te dei na despedida…
Hoje… triste, abandonado,
eu choro a tua partida.
80
Foram feitos tantos planos…
– fé por um mundo melhor.
Passam dias, meses, anos,
e tudo ficou pior.
81
Foram felizes instantes...
Juventude na querência…
Hoje em terras tão distantes…
Pilcha... mate... sinto ausência.
(Trova Destaque – IV Jogos Florais de Cruz Alta/RS, 1992 – Âmbito Nacional)
82
Gralha Azul, qual fazendeiro
semeando o seu pinhão.
faz nascer mais um pinheiro,
construindo esta nação!
(11º. lugar – XVIII Jogos Florais de Curitiba, 2015 – Estadual, NT)
83
Hoje, a saudade me envolve
e me cobre com seu manto...
Meu coração se dissolve,
implorando o teu encanto!
84
Independência... que eu sei,
tem a ver com liberdade,
entretanto, eu me enganei...
não é a nossa realidade!
85
Ir morar no paraíso...
viver qual bem lhe convier...
é como rir sem sorriso,
se não tiver a mulher.
86
Jardineira... a flor do amor
regaste nos meus canteiros.
Hoje, te dou meu calor
na alameda dos pinheiros!
87
Já singrei os horizontes,
rios, terras e até mares.
Procurei em muitas pontes,
nunca achei os teus luares...
88
Jogadores afamados,
mergulhados no dinheiro...
Tantos outros, desprezados...
deitados... sem travesseiro!
89
Juntos, no alto da montanha…
num “Dia dos Namorados”.
Oh! Que dor! Era patranha,
pois vivemos separados.
90
Lá vêm as festas juninas…
têm tantos foguetes no ar.
Por todo o lado, meninas,
mas ninguém pra namorar.
91
Maringá! És altaneira
pelos teus belos Florais.
Beleza e encanto!… Bandeira
alçada entre os imortais!
92
Meu amor tem duas vias...
que me matam pouco a pouco :
– Numa delas... duchas frias
mas, em outra... um amor louco!
93
Meu coração em pedaços!…
Eu tive um céu estrelado,
tive a esperança em meus braços
e brisa de apaixonado!
94
Meu coração está cheio
de carinho para dar.
Eu vivo em profundo anseio,
por alguém que possa amar.
95
Meu grande amor pela trova,
é um espelho transparente,
é um amor que se renova,
mudando a vida da gente!
96
Meu jardim era florido!
Veio uma chuva e o arrasou...
Sobrou só um cravo ferido,
que o amor, de herança, deixou!
97
Meus livros são qual coelhos...
Eles não findam jamais.    
Meus olhos estão vermelhos!
- Acabou? - Meu Deus! Têm mais!
98
Minha saudade é uma tocha…
e a fagulha de meu verso,
lembra uma flor, desabrocha
perfumando o universo.
99
Minha vida é igual as folhas
que o vento leva pelo o ar…
não perco tempo em escolhas,
deixo o vento me levar!
100
Minha vida, igual a um pão...
necessita da manteiga,
que acalme o meu coração,
qual o som de uma voz meiga!!!

***