Seleta de Trovas
José Feldman - Pr
*
Informe Biográfico
&&&
José Feldman nasceu em São Paulo/SP, em
1954. Em 1995 casou-se com a escritora e tradutora, professora de literatura
inglesa Alba Krishna Topan e mudou-se para o Paraná em 1999, onde foi, pela
União Brasileira dos Trovadores, Delegado de Ubiratã, auxiliar de delegado em
Arapongas/PR e membro da UBT Maringá. Radicou-se em Maringá/PR, onde mora
atualmente. Foi premiado em alguns concursos de trovas, como Ribeirão Preto,
Nova Friburgo, Curitiba, Santos, etc. Escritor, poeta, trovador, gestor
cultural, orientador, criou o blog http://singrandohorizontes.blogspot.com.br
em 2007, e http://florilegiodetrovas.blogspot.com.br, em 2016. Idealizador e
editor dos ebooks Chuva de Versos com mais de 400 números, O Encanto das
Trovas, Florilégio de Trovas, Oceano de Letras e O Voo da Gralha Azul.
Pertence a diversas academias de letras, foi
vice-presidente da Associação de Literatos de Ubiratã e presidente estadual do
Paraná da Academia de Letras do Brasil, medalha de mérito cultural Euclides da
Cunha da Academia de Letras em Berna/Suiça e membro desta Academia, Conselheiro
Internacional do Movimento União Cultural, acadêmico correspondente de Academia
de Letras de Teófilo Otoni/MG, Academia Formiguense de Letras/MG e Academia
Rotary de Letras, Artes e Cultura. Membro de Sociedade Mundial de Poetas, Unión
Hispanomundial de Escritores, Casa do Poeta Lampião de Gaz.
Medalhas de Mérito Cultural
da Academia Pan Americana de Letras e Artes; Mérito Cultural da Academia
Brasileira de Trovas; Medalha Heitor Stockler de França, da UBT Paraná; Prêmio
“Mahatma Ghandi”, de Liderança pela Paz, da Academia Rotary de Letras, Artes e
Cultura e título de Doutor em Filosofia Universal “Honoris Causa” da Academia
de Letras do Brasil.
Livro
publicado na Coleção Terra e Céu, em 2016 com suas trovas e de seu mestre Izo
Goldman. Participação com poesias na Edição comemorativa de 35 anos do
Movimento Poético em São Paulo; Café com Letras, da Academia de Letras de
Teófilo Ottoni/MG; Coletânea dos Poetas de Maringá - IV. Crônica em coletânea organizada
por Isabel Furini, de Curitiba. Prefácio em livros de Isabel Furini e Átila
José Borges. Trovas em livros “Paraná em Trovas” de Vânia Ennes, de Curitiba e
do livro Meus Irmãos os Trovadores, vol.II, da União Brasileira dos Trovadores
Nacional. Referência no livro A Trova, de Carolina Ramos, e em boletins
nacionais. Seu nome foi citado nos Anais da Academia de Letras Maçonicas. Livro “Canteiro de Trovas” com cerca de 300
trovas de sua autoria.
1
A
esperança é uma auriflama,
vibrando
no coração...
Um
divino pindorama
que
emerge de nosso chão.
2
A
felicidade é um dom,
que
todos podemos ter,
se o
carinho for o tom,
e a
melodia… o viver.
3
A
Gralha Azul quando voa
espalhando
o seu pinhão,
com
a semente abençoa
cada
canto deste chão.
(3º. lugar – XVIII Jogos Florais de
Curitiba, 2015 –
Âmbito Estadual, NT)
4
A
inveja é uma erva daninha,
destrói
as boas ações.
É
uma vontade mesquinha
que
domina corações.
5
– A
grana...pode me dar...
– Já
vi que é um ladrão cortês...
Não
dá pra você pegar
só
no final do outro mês?
(Menção Honrosa – LVI Jogos Florais de
Nova Friburgo/RJ, 2015, Âmbito Nacional)
6
Ah,
se eu fosse um construtor!...
Eu
faria estradas novas,
incrustadas
com amor,
pelo
chão... milhões de trovas!
7
Ajudar
uma pessoa,
pensando
mais do que em si
é
praticar ação boa
preciosa
qual rubi!
8
A
maior lição que a vida,
pode
nos oferecer:
–
Após cada despedida,
há
sempre um amanhecer…
9
Amar!…
Amar pode ser
que
pecado não o seja,
mas
amor sem florescer,
é
sofrer dura peleja.
10
A
minha trova é um lamento,
por
dias que não virão.
Amor
ceifado no vento,
arrancado
sem perdão!
11
A
minha vida é um navio,
que
navega em pleno mar...
Ora
contra um mar bravio,
ora
em mero devanear.
12
Amor…
dois copos de vinho
são
nossos dois corações,
cujo
sabor é o carinho
transbordando
de emoções!
13
Amor!
És qual uma rosa,
cuja
corola ao se abrir,
exibe
a mulher formosa.
que
é o meu mais doce elixir!
14
A
mulher me deixa rouco,
Pois.
quando grito que a adoro,
ela
sai...e eu fico louco!!!
Não
sei se rio...ou se choro!...
15
A
mulher se faz presente
todo instante com fervor.
Carrega em si a semente
que planta um mundo de amor.
todo instante com fervor.
Carrega em si a semente
que planta um mundo de amor.
16
A
música me entorpece,
e me
faz devanear.
A
melodia enternece…
com
um amor faz sonhar!
17
A
natureza se esmera
com
flores, beleza infinda,
ao
espargir nossa quimera
qual
uma benção... benvinda!!!!
18
Andei
por todos os cantos,
em
busca de uma quimera.
Mas,
encontrei desencantos,
e a
tristeza à minha espera..
19
Ao
fazer uma mudança,
muitas
caixas a embalar.
Eram
tantas...que festança!
Numa
delas fui parar...
20
Ao
olhar pela janela,
os
passarinhos cantando,
a
saudade se rebela
e a
tristeza vem chegando.
21
Ao
seguir, no trem da vida,
parei
nas encruzilhadas.
buscando
a paz merecida...
Enganei-me!...Eram
fachadas.
22
Após
tantas despedidas,
são
tantos os reencontros,
que
nas emoções vividas
dissipam-se
os desencontros…
23
Após
dias de trabalho,
já
chegando o anoitecer,
me
aconchego num carvalho,
para
em paz adormecer.
24
A
saudade é dor pungente,
tão terrível como o açoite,
a
açoitar a minha mente,
seja
manhã, tarde ou noite.
25
A
saudade me avassala,
noite
e dia são iguais,
a
tristeza não se cala...
sozinho,
me afundo em ais.
26
As
flores estão voltando,
colorindo
tudo... Enfim,
é a
Primavera chegando,
perfumando
o meu jardim!
27
As
trevas se dissiparam,
quando
apareceu a luz,
que
todos abençoaram,
bendito
nome… Jesus!
28
A
vida é pura beleza,
isto
eu não posso negar.
Porém,
a maior grandeza,
é a
seiva do verbo amar.
29
A
vida, seja qual for,
é
árvore cujos galhos,
têm
folhas de riso e dor,
penduradas
qual retalhos.
30
A vida,
quando pintada
tal
qual aquarela, em cores
é
quimera deformada
por
múltiplos dissabores!
31
Cada
lágrima vertida,
num
instante em desalento,
tem
um quê de despedida…
Um
coração ao relento!
32
Cada
livro, nova história...
Cada
folha, novo ardor...
e,
no final, a vitória
se
for enredo de amor!
(Menção
Especial – XVI Jogos Florais de Santos/SP, 2014 – Âmbito Nacional)
33
Cada
qual é diferente
com seu
modo singular,
com
todos, seja indulgente,
saiba
aos outros respeitar.
34
Cada
trova que, hoje, faço,
cada
verso que componho,
é
qual fosse um grande laço
para
amarrar o meu sonho…
35
Cada
um tem o seu sonho...
no
sonho tem seu amor.
O
amor faz alguém risonho...
Não
eu...pois só tenho a dor!
36
Cada
verso que componho,
carrega
em si um apelo:
–
Faça a minha vida um sonho,
que
até hoje é um pesadelo!
37
A
caminho do horizonte,
quis
a minha dor levar,
lá,
encontrei uma fonte,
mas,
sem água a me aliviar.
38
Caminhei
por esta rua
procurando
o teu calor.
Ontem,
eu quis dar-te a lua,
hoje,
dou-te o meu amor!
39
Campos
do Jordão, encerras
com
encanto sem igual,
famosos
em tuas terras,
os
festejos de Natal!
40
Chega
o Natal e há partilha
de
amor, de paz, de harmonia...
E o
céu inteirinho brilha,
com
seu manto de alegria!
41
Cinquenta
reais por ponto...
e ao
mestre ele deu quinhentos.
Da
propina, houve um desconto:
-
Nota dois... e os quatrocentos!!!
(1º.
lugar – XXVIII Jogos Florais de Ribeirão Preto/SP, 2015 – Âmbito Nacional)
42
Confetes
e serpentinas.
este
é o nosso carnaval...
Depois...quantas
Colombinas
jogadas
no matagal!!!
43
-
"Coração amargurado,
porque
choras sem parar?
Se
tu queres ser amado,
vai
outro amor procurar!"
44
Coração
aprisionado!…
A
sua beleza e encanto
me
deixou hipnotizado…
e eu
não sei se choro ou canto.
45
Cultivemos
o jardim
do
amor, com perseverança,
para
que seja o estopim
de
um futuro de esperança.
46
Debruçado
na janela,
eu
vejo o tempo passar.
Saudade
que me flagela,
por
quem não irá voltar.
47
Delícia
é festa junina...
tem
vinho quente e rojão.
Não
vou sair da cantina.
Viva
São Pedro e São João!
48
De
perguntas somos feitos,
mil
respostas sem saber...
Somos
seres imperfeitos,
buscando
outro amanhecer.
49
Desejo
que toda a trova,
com
os seus versos sem par,
brilhe
qual a lua nova,
numa
noite, ao despontar!
50
De
sonhos somos moldados,
sobre a
forja da esperança...
Emitindo
nossos brados
ao
futuro... nossa herança!
51
De
tantos sonhos insanos
e
anseios por seu amor,
restaram
só desenganos
e o
triste perfil da dor!
52
Deus!
Se podes atender
este
pobre trovador,
por
amor a padecer,
que
aplaques a minha dor!
53
Difundindo
sua história,
o
gaúcho, a tradição,
o
MTG tem a glória
que
enaltece este rincão.
54
Dizia
um velho ditado,
“quem
espera sempre alcança,”.
Esperou…
ficou cansado,
O
que era? – Nem tem lembrança!
55
Doar-se
de boa vontade
e
sempre ajudar alguém...
é
crer na fraternidade,
praticando
sempre o bem.
56
Doce
flor que desabrocha,
perfumando
seu cantinho
envolvendo
toda rocha
com
doçura e com carinho.
57
É a
Páscoa, divino dia!…
Tempo
de consagração:
–
Alma em eterna alforria,
mãos
postas em louvação!
58
Em
cada verso, a emoção...
em
cada linha, o carinho...
Faço
a trova..e é o coração
que
me conduz no caminho.
59
Em
meio a livros, cresci…
cada
folha, uma ilusão…
Mas
veio um vento, e não vi,
jogou
as folhas no chão…
60
Em meu
jardim há uma rosa,
cujo
aroma me inebria,
torna a
vida gloriosa,
dissipa
a melancolia.
61
Em
nome da evolução,
o
homem, sem pestanejar,
as
árvores põe ao chão,
deixando
as aves sem lar!
62
Em
verdade, é uma ousadia,
tentar
realizar um sonho:
Dando
ao universo poesia,
fazendo
o mundo risonho.
63
Envolvi-me
em teus abraços,
em
busca do teu carinho.
Hoje,
longe dos seus braços...
Só
saudade em nosso ninho!…
64
Era
uma noite estrelada
quando
o meu amor partiu...
e
mirando a madrugada,
vi
que o meu sonho ruiu!...
65
Esta
é uma terra abençoada!
Povoada
por brava gente,
tem
a Gralha Azul, sagrada,
glória
de um povo valente.
66
Esta
saudade maltrata
este
pobre trovador,
que
é mero nefelibata,
que
anseia por teu calor.
67
É um
ensaio a minha vida,
rumo
ao sonho, no porvir:
–
Muitas vezes, bem vivida…
–
Outras, um mero existir!…
68
Eu
possuo um grande afeto,
por
algumas trovadoras.
Muitas
vezes, encasqueto,
mas...
são eternas mentoras!
69
Eu
sinto a fé me envolvendo,
sempre
que eu consigo ver
a
esperança renascendo,
em
um novo amanhecer!
70
Eu
vivo num picadeiro,
no
trapézio desta vida,
com
a força de um guerreiro,
enfrentando
a minha lida.
71
Existem
ódios fecundos,
de um
irmão contra outro irmão,
cravo e
rosa, moribundos
espalhados
pelo chão.
72
–
Falar dela?! … Que bobagem!
Quero,
de onde ela estiver,
que
ela ouça esta mensagem:
– És
uma deusa… mulher!
73
Feito
um filme de cinema,
ao
fitar a tua face,
te
dediquei um poema
de
amor...que agora renasce!
74
Felicidade
é uma flor,
que
exala ao desabrochar,
no
mundo, onde existe amor,
divino
perfume no ar!
75
Feliz,
soltei um rojão…
que
subiu num rodopio.
Socorro!
Oh, meu São João!
Fiquei
preso no pavio.
76
Fiz
de você minha musa
minha
vida e coração…
meu
pijama, minha blusa…
a
tábua de salvação.
77
Foi
na Fonte do Suspiro,
que
te dei meu coração...
pois
é lá, onde eu me inspiro,
ao
compor uma canção!
78
Foi num
beijo prolongado,
que a
"coroa" se entregou..
Em meu
lábio pendurado,
a
dentadura ficou.
79
Foi
um beijo apaixonado,
que
te dei na despedida…
Hoje…
triste, abandonado,
eu
choro a tua partida.
80
Foram
feitos tantos planos…
– fé
por um mundo melhor.
Passam
dias, meses, anos,
e
tudo ficou pior.
81
Foram
felizes instantes...
Juventude
na querência…
Hoje
em terras tão distantes…
Pilcha...
mate... sinto ausência.
(Trova Destaque – IV Jogos Florais de
Cruz Alta/RS, 1992 – Âmbito Nacional)
82
Gralha
Azul, qual fazendeiro
semeando
o seu pinhão.
faz
nascer mais um pinheiro,
construindo
esta nação!
(11º. lugar – XVIII Jogos Florais de
Curitiba, 2015 – Estadual, NT)
83
Hoje,
a saudade me envolve
e me
cobre com seu manto...
Meu
coração se dissolve,
implorando
o teu encanto!
84
Independência...
que eu sei,
tem
a ver com liberdade,
entretanto,
eu me enganei...
não
é a nossa realidade!
85
Ir
morar no paraíso...
viver
qual bem lhe convier...
é
como rir sem sorriso,
se
não tiver a mulher.
86
Jardineira...
a flor do amor
regaste
nos meus canteiros.
Hoje,
te dou meu calor
na
alameda dos pinheiros!
87
Já
singrei os horizontes,
rios,
terras e até mares.
Procurei
em muitas pontes,
nunca
achei os teus luares...
88
Jogadores
afamados,
mergulhados
no dinheiro...
Tantos
outros, desprezados...
deitados...
sem travesseiro!
89
Juntos,
no alto da montanha…
num
“Dia dos Namorados”.
Oh!
Que dor! Era patranha,
pois
vivemos separados.
90
Lá
vêm as festas juninas…
têm
tantos foguetes no ar.
Por
todo o lado, meninas,
mas
ninguém pra namorar.
91
Maringá!
És altaneira
pelos
teus belos Florais.
Beleza
e encanto!… Bandeira
alçada
entre os imortais!
92
Meu
amor tem duas vias...
que
me matam pouco a pouco :
–
Numa delas... duchas frias
mas,
em outra... um amor louco!
93
Meu
coração em pedaços!…
Eu
tive um céu estrelado,
tive
a esperança em meus braços
e
brisa de apaixonado!
94
Meu
coração está cheio
de
carinho para dar.
Eu
vivo em profundo anseio,
por
alguém que possa amar.
95
Meu
grande amor pela trova,
é um
espelho transparente,
é um
amor que se renova,
mudando
a vida da gente!
96
Meu
jardim era florido!
Veio
uma chuva e o arrasou...
Sobrou
só um cravo ferido,
que
o amor, de herança, deixou!
97
Meus
livros são qual coelhos...
Eles
não findam jamais.
Meus
olhos estão vermelhos!
-
Acabou? - Meu Deus! Têm mais!
98
Minha
saudade é uma tocha…
e a
fagulha de meu verso,
lembra
uma flor, desabrocha
perfumando
o universo.
99
Minha
vida é igual as folhas
que
o vento leva pelo o ar…
não
perco tempo em escolhas,
deixo
o vento me levar!
100
Minha
vida, igual a um pão...
necessita
da manteiga,
que
acalme o meu coração,
***
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